Qual nível de diabetes é perigoso? Quando devo tratar a doença?

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Quando a glicemia fica alta por muito tempo, pode prejudicar o funcionamento de diversos órgãos, trazendo riscos à saúde

O diabetes é uma doença relativamente comum que atinge cerca de 6,9% da população do Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. Apesar de existir tratamento, o diabetes alto, ou seja, quando a glicemia está elevada, pode representar um perigo para a saúde.

O diabetes é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da glicemia (açúcar no sangue). Isso acontece devido à produção insuficiente de insulina (comum no diabetes tipo 1) ou devido à resistência a essa substância (mais comum no diabetes tipo 2). A insulina é importante para o controle da glicose no sangue e seu mau funcionamento pode levar à hiperglicemia.

Quando a doença não é diagnosticada e o tratamento não é feito corretamente, a glicemia fica elevada por muito tempo, prejudicando o funcionamento de vários órgãos.

Quando o diabetes está alto e quais são os sintomas?

Uma pessoa é diagnosticada com diabetes quando a glicemia em jejum atinge 126 mg/dL em diante ou quando os resultados de hemoglobina glicada forem superiores a 6,4%. O diabetes é considerado alto quando a glicemia é ainda mais elevada do que o parâmetro para diagnóstico, como a glicemia em jejum a 200 mg/dL ou a 300 mg/dL.

Nesses casos, os sintomas da doença ficam ainda mais evidentes e há um maior risco para complicações de saúde. Os sintomas de diabetes alto incluem:

  • Infecções frequentes
  • Pele escura na região do pescoço ou em dobras, como virilha e axilas
  • Sede excessiva
  • Micção frequente
  • Aumento do apetite
  • Fadiga constante
  • Formigamento nas mãos ou nos pés
  • Problemas de visão, como visão embaçada
  • Náusea e vômitos
Quais os riscos à saúde do diabetes alto?

Níveis elevados de glicemia podem afetar diretamente o funcionamento de diversos órgãos e, por isso, podem trazer complicações sérias para a saúde. De acordo com a endocrinologista Cristina, os principais riscos do diabetes alto são:

  • Aumento do risco de doenças cardiovasculares, principalmente infarto agudo
  • Desenvolvimento de insuficiência cardíaca
  • Acidente vascular cerebral (AVC), com risco para sequelas
  • Infecções dermatológicas, gengivais, urinárias e genitais, podendo evoluir para sepse (infecção generalizada)
  • Risco aumentado para cegueira
  • Problemas nos rins, sendo a principal causa de inserção de pacientes em programas de diálise
Quando o tratamento é indicado e como é feito?

A partir do momento que o diabetes é diagnosticado, o tratamento deve ser orientado por um médico e iniciado pelo paciente. Os exames que identificam a doença são: glicemia de jejum, hemoglobina glicada e teste de tolerância oral à glicose (ou curva glicêmica).

“O tratamento para diabetes é baseado em uma dieta adequada, para atender a todas as necessidades nutricionais do indivíduo, de acordo com a fase da vida em que se encontra, para manter um peso saudável e a glicemia em valores controlados que evitem as complicações crônicas”, explica Cristina.

Além da dieta, a atividade física também faz parte do tratamento, também com o objetivo de controlar a glicemia e a manutenção do peso. Tudo isso considerando as limitações do paciente.

“Se o controle não for atingido com as medidas acima, hoje dispomos de diversos remédios para diabetes que podem ser usadas para o controle da glicemia, tanto de uso oral, quanto injetável de forma subcutânea, entre elas, a insulina e os agonistas do GLP”, explica a endocrinologista.

Quem tem pré-diabetes também deve tratar a doença?

O pré-diabetes é uma condição que antecede o diabetes e é identificada quando os níveis de glicemia estão altos, mas ainda não caracterizam a doença. Nesse caso, os valores em jejum ficam entre 100 e 125 mg/dL e a hemoglobina glicada fica entre 5,8% e 6,4%.

No pré-diabetes, os sintomas ainda não são evidentes, mas o tratamento serve para prevenir a evolução para o diabetes tipo 2. Por isso, também é fundamental já iniciar mudanças no estilo de vida e na alimentação durante essa fase, evitando complicações futuras.

Matéria: Aurélio Fidêncio
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