Dez anos após o assassinato de Marcos Matsunaga, Elize conquista liberdade condicional, vira motorista de aplicativo e enfrenta acusações de falsificação.
Elize Matsunaga deixou a Penitenciária Feminina de Tremembé (SP) após uma década de prisão pelo assassinato de seu marido, Marcos Kitano Matsunaga. A liberdade condicional foi concedida com regras rigorosas, incluindo a proibição de sair à noite, visitar a filha e frequentar determinados estabelecimentos. O advogado de Matsunaga destacou que ela deve comparecer em juízo a cada três meses e seguir uma série de condições impostas pela justiça.
Relembre o caso: Em 2012, Elize Matsunaga assassinou seu marido, diretor-executivo da Yoki, após descobrir uma suposta traição. O crime chocante envolveu o ato de atirar no empresário durante uma discussão, seguido pelo esquartejamento do corpo, cujos pedaços foram deixados em diferentes pontos da cidade. O julgamento, iniciado em novembro de 2016, resultou em uma condenação a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão, posteriormente reduzida para 16 anos e três meses em 2019.
Em surpreendente reviravolta, Elize Matsunaga, agora em liberdade condicional, foi flagrada trabalhando como motorista de aplicativo de carona em Franca, interior de São Paulo. A confirmação foi feita pela plataforma TaxiMaxim, que destacou sua boa avaliação e ausência de reclamações. Cumprindo os requisitos da empresa, Matsunaga adotou o nome de solteira, Elize Araújo, na plataforma.
A Justiça de São Paulo recusou o pedido do Ministério Público para revogar a liberdade condicional de Elize Matsunaga, condenada por homicídio e esquartejamento. A acusação baseava-se na suposta falsificação de um atestado de antecedentes criminais, o que ela nega veementemente. O tribunal considerou que Matsunaga cumpre as obrigações do regime aberto desde maio de 2022. As acusações da Polícia Civil de Sorocaba sobre a adulteração de documentos para emprego estão sob investigação, e a Promotoria de Franca analisa a decisão, com a possibilidade de recurso. Atualmente, Elize trabalha como motorista de aplicativo em Franca.
Matéria: Aurélio Fidêncio
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