Em uma decisão que sinaliza uma mudança significativa em sua política de moderação, o Meta, liderado por Mark Zuckerberg, anunciou que substituirá os verificadores de fatos por um sistema chamado “notas da comunidade” em suas plataformas, incluindo Facebook, Instagram e Threads.
O CEO Mark Zuckerberg afirmou que a decisão visa simplificar as políticas da empresa e priorizar a liberdade de expressão, um retorno às “raízes” do Facebook. “Estamos substituindo os verificadores de fatos por Notas da Comunidade, simplificando nossas políticas e focando em reduzir erros”, declarou Zuckerberg.
A mudança, que entra em vigor nas principais plataformas da empresa, vem acompanhada de uma revisão nas diretrizes de conteúdo, com foco exclusivo em violações ilegais ou de alta gravidade. Segundo Joel Kaplan, diretor de assuntos globais do Meta, as novas regras vão levantar restrições sobre determinados temas que estão no centro do discurso público.
Meta relacionou a atualização a um ponto de inflexão cultural nos debates públicos, especialmente com a ascensão do presidente eleito Donald Trump e sua marca política. Zuckerberg destacou que os verificadores de fatos, implementados após as eleições de 2016, mostraram-se excessivamente politizados, prejudicando mais a confiança pública do que promovendo a clareza.
A decisão ocorre após uma reunião entre Zuckerberg e Trump no clube privado Mar-a-Lago, na Flórida. Além disso, o Meta fará uma doação inédita ao comitê inaugural presidencial de Trump, reforçando a ligação da empresa com o cenário político atual.
A nova abordagem reflete políticas adotadas por Elon Musk no X (antigo Twitter). Joel Kaplan elogiou a estratégia de Musk, que dá aos usuários mais controle sobre a identificação de conteúdos enganosos. “Acreditamos que isso pode ser uma forma melhor de alcançar nosso objetivo inicial: oferecer contexto e informação de forma menos sujeita a vieses”, afirmou Kaplan.
A decisão também busca reduzir as críticas ao sistema de moderação do Facebook, que tem sido acusado de censurar conteúdos inofensivos e de impor bloqueios injustos aos usuários. Kaplan admitiu que as ferramentas atuais estão sujeitas a muitos erros, gerando frustrações. “Estamos confiantes de que este novo capítulo reduzirá as falhas e trará mais transparência”, concluiu.
Matéria: Aurélio Fidêncio
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