Âncora deixa a bancada após quase três décadas e dará lugar a César Tralli
William Bonner, 61, anunciou nesta segunda-feira sua despedida do Jornal Nacional, no dia em que o telejornal completa 56 anos. Ele esteve à frente da bancada por 29 anos, sendo 26 como editor-chefe, o mais longevo na história do noticiário.
A saída será oficial em 3 de novembro, quando Bonner passará o posto para César Tralli, que dividirá a apresentação com Renata Vasconcellos. A mudança faz parte de um processo de transição iniciado há cinco anos, planejado em conjunto pela Globo e pelo jornalista.
A partir de 2026, Bonner assumirá o Globo Repórter, ao lado de Sandra Annenberg, realização de um antigo sonho profissional. Segundo o jornalista, o objetivo é reduzir a carga de trabalho e ter mais tempo para a família e projetos pessoais.
Na chefia do JN, ele será substituído por Cristiana Sousa Cruz, editora-adjunta da atração desde 2018. Outras mudanças também foram confirmadas: Roberto Kovalick assumirá o Jornal Hoje e Tiago Scheuer passará a apresentar o Hora Um.
Formado pela ECA-USP, Bonner iniciou a carreira em 1985 na TV Bandeirantes e, no ano seguinte, entrou na Globo, passando por diferentes programas até chegar ao JN em 1996. Entre os marcos de sua trajetória estão coberturas de grandes acontecimentos mundiais e nacionais, como os atentados de 11 de setembro, eleições presidenciais, a morte do Papa João Paulo II, tragédias ambientais e a pandemia de Covid-19.
Com quase quatro décadas de televisão, William Bonner se consolidou como uma das maiores referências do jornalismo brasileiro, liderando transformações editoriais e tecnológicas no principal telejornal do país.
Matéria: Aurélio Fidêncio
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