Preços abusivos de hospedagem no Pará ameaçam participação internacional e colocam governo em xeque
A escolha de Belém como sede da COP 30, em 2025, prometia projetar o Brasil como protagonista na agenda ambiental. No entanto, a escalada de preços para hospedagem ameaça transformar o evento em um enorme constrangimento.
Proprietários de imóveis e serviços locais vêm exigindo valores obscenos, que em alguns casos chegam a ultrapassar o preço de venda das próprias propriedades. A ganância de oportunistas paraenses pode levar diversos países a desistirem de enviar delegações, esvaziando o encontro e comprometendo a imagem do Brasil no exterior.
O desgaste recairia diretamente sobre o presidente Lula, que seria responsabilizado pelo provável fracasso do evento. A situação oferece munição para adversários políticos, que já enxergam na COP 30 um ponto vulnerável para desgastar o governo.
Na tentativa de conter a crise, a OAB-PA participou de uma reunião nesta terça-feira (19) com a Defensoria Pública do Estado, a Procuradoria-Geral do Pará, o Procon e representantes de plataformas digitais de hospedagem. O encontro buscou soluções para coibir práticas abusivas, garantindo equilíbrio e respeito ao consumidor.
Segundo Dennis Verbicaro, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB-PA, o diálogo avançou e algumas plataformas se mostraram dispostas a corrigir distorções. Já os casos de resistência poderão resultar em ações judiciais.
A mobilização das entidades reforça a necessidade de medidas urgentes para salvar a COP 30 de um fiasco internacional. O futuro do evento e a imagem do Brasil dependem da capacidade de garantir condições justas e acessíveis para todos os participantes.
Matéria: Aurélio Fidêncio
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