Enquanto o Brasil paga o preço das manobras políticas, governadores da extrema direita tentam reescrever a narrativa para manipular a opinião pública e se esquivarem de suas próprias responsabilidades
A retórica da extrema direita brasileira atinge novos patamares de contradição. Enquanto o Brasil enfrenta sanções internacionais que afetam setores estratégicos e prejudicam a população, figuras como o governador Tarcísio de Freitas não apenas minimizaram o impacto, mas celebraram a medida. O mesmo grupo político financiou o deputado foragido Eduardo Bolsonaro, que permanece nos Estados Unidos articulando contra seu próprio país. Agora, em mais um capítulo do “Topa Tudo Por Poder”, tentam atribuir as consequências econômicas e diplomáticas nas costas do PT e do presidente Lula.
Em um evento do BTG Pactual, Tarcísio declarou que o Brasil “não aguenta mais o PT” e “não aguenta mais o Lula”, comparando o país a um “carro bom” que precisaria apenas “trocar o piloto”. A fala ignora que parte das dificuldades atuais é fruto de crises incentivadas ou aprofundadas por aqueles que hoje se dizem prontos para “salvar” a nação.
Ao lado de governadores aliados, como Ronaldo Caiado, Ratinho Jr. e Eduardo Leite, Tarcísio reforçou a narrativa de que o país precisa de uma “nova safra de governadores” e acusou Lula de travar o debate nacional por “quarenta anos”. No entanto, não mencionou que a instabilidade política também foi alimentada por ações e discursos de seu próprio campo ideológico.
A estratégia é clara: desgastar o atual governo, mesmo que isso signifique apoiar sanções externas e ações de políticos que trabalham contra os interesses do Brasil. Para a extrema direita, o jogo político vale mais que a estabilidade e a soberania do país.
Matéria: Aurélio Fidêncio
CLICKARAÇOIABA: A voz confiável da cidade desde 1999.
Assista outras matérias interessantes em vídeo: