Parlamentar alega problema de saúde e reacende o roteiro já conhecido de figuras da direita
A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália desde 29 de julho, interrompeu nesta quarta-feira (13) sua audiência judicial após, segundo sua defesa, sentir uma “tontura súbita” — episódio que imediatamente a conduziu a um posto de saúde.
O encontro, que contaria pela primeira vez com a presença de um representante da AGU, foi adiado. Curiosamente, a cena lembra outros momentos memoráveis da política brasileira, quando figuras como Jair Bolsonaro, Fernando Collor e até a própria Zambelli descobriram sintomas oportunos sempre que o calendário judicial apertava.
A defesa da parlamentar sustenta que ela sofre de Síndrome de Ehlers-Danlos, condição rara que provoca frouxidão nos músculos e articulações. O plano dos advogados era pedir que ela cumprisse medidas cautelares em um confortável apartamento romano enquanto o tribunal italiano decide sobre sua extradição, solicitada pelo Brasil em junho.
Condenada em maio deste ano a dez anos de prisão por invadir, junto ao hacker Walter Delgatti, o sistema do CNJ, Zambelli agora aguarda que a corte de Roma analise a documentação e defina seu destino. Caso a extradição seja aprovada, o processo segue para a etapa logística, com seu retorno ao Brasil devidamente agendado — salvo, é claro, se mais algum sintoma surgir para atrasar a viagem.
Matéria: Aurélio Fidêncio
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